Mulheres iniciam multiplicação em gênero e protagonismo em territórios de águas e floresta

Pelo fortalecimento feminino na Amazônia, pescadoras, agricultoras, extrativistas, quilombolas e indígenas dos territórios do Tapajós e Amazonas iniciaram multiplicação de conteúdo nas respectivas comunidades

Vinte e cinco mulheres comprometidas com a promoção da igualdade de gênero, os direitos das mulheres e políticas públicas voltadas para aquelas ligadas à pesca começaram a capacitar outras mulheres nas suas aldeias e comunidades. A iniciativa, que começou com a capacitação delas em março, entrou em uma fase de multiplicação.

Durante os meses de abril e maio, estão sendo realizadas reuniões nas comunidades e cidades dessas regiões. O objetivo é disseminar o programa de gênero, uma colaboração entre a Sapopema e várias outras organizações locais, como Mopebam, Turiarte, STTR, Feagle, Cita, Foqs, Tapajoara e AMTR, com apoio institucional da TNC.

As multiplicadoras, mulheres já capacitadas, estão conduzindo os encontros com foco em questões de gênero, políticas públicas e direitos, especialmente voltados para mulheres pescadoras, agricultoras, indígenas, quilombolas e extrativistas. O material base para essas reuniões está detalhado em uma cartilha educativa.

O impacto esperado é que ao final do processo, quinhentas mulheres atuantes no Baixo Amazonas e Tapajós estejam envolvidas e capacitadas. O programa de gênero é uma proposta piloto que visa oferecer capacitação em temas vitais como gênero, políticas públicas e direitos. Isso proporcionará às mulheres líderes locais os subsídios necessários para uma atuação qualificada em suas comunidades. É um passo importante para o fortalecimento da presença feminina em seus territórios e para a promoção da equidade de gênero nas organizações de base.

Um exemplo dessa atividade ocorreu na Comunidade de Rosário, região da Resex Tapajós, envolvendo mulheres extrativistas das comunidades: Samauma, Tucumatuba, Vila de Boim, Rosário e Pau da Letra. Capacitações também já aconteceram nos núcleos de base do Uruará e Eixo Forte em Santarém e no município de Oriximiná.

Este movimento representa um marco na luta pela igualdade de gênero na região amazônica, demonstrando o poder da educação e da capacitação na transformação social e no desenvolvimento sustentável.

“O programa de gênero é uma proposta piloto de oferecer acesso a capacitação em temas como: gênero, políticas públicas e direito, dando assim, subsídios para atuação qualificada das mulheres lideranças no local onde vivem e produzem. É um momento importante de fortalecimento da atuação das mulheres em seus territórios e promoção à equidade de gênero nas organizações de base”, destacou a coordenadora da Sapopema, Wandicleia Lopes.